Advogado que citou casos arquitetados por IA pede que juiz poupe sanções

8 de junho (Reuters) - Um advogado de Nova York pediu nesta quinta-feira a um juiz federal de Manhattan que não o sancione depois que ele incluiu citações de casos inventadas geradas por um chatbot de inteligência artificial em um documento legal.

O advogado, Steven Schwartz, admitiu em maio que havia usado o programa ChatGPT da OpenAI para ajudar na pesquisa do processo, que citava seis decisões judiciais inexistentes, em um caso de danos pessoais de um cliente contra a Avianca Airlines.

Schwartz disse na audiência de quinta-feira que "nunca" poderia ter imaginado que o ChatGPT poderia inventar casos falsos e não pretendia enganar o tribunal.

O juiz distrital dos EUA P. Kevin Castel, que pediu a Schwartz e seu escritório de advocacia Levidow, Levidow & Oberman para explicar por que eles não deveriam ser sancionados, disse que emitiria uma decisão mais tarde.

Os advogados da Avianca primeiro alertaram o tribunal de que não conseguiram localizar os casos citados no escrito.

Um número crescente de advogados e escritórios de advocacia tem explorado o uso da IA ​​generativa. A confusa colisão de Schwartz com a tecnologia ganhou as manchetes como uma das primeiras ilustrações de suas possíveis armadilhas.

Incentivado em parte pelo caso de Nova York, um juiz federal do Texas emitiu na semana passada uma exigência para os advogados em casos perante ele certificarem que não usaram IA para redigir seus processos sem que um humano verificasse sua precisão.

Schwartz disse na quinta-feira que deveria ter feito mais para confirmar e verificar os casos.

Schwartz pediu desculpas ao tribunal, Avianca e outros na audiência. Ele disse que "sofreu profissionalmente e pessoalmente" e está envergonhado e humilhado.

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